segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

DERROTADOS PELO PESO (7)

Continuando; para finalizar esta primeira parte de LEVANTAMENTO DE PROBLEMAS; pois o peso dos anos está me matando – vamos ver se consigo chegar aos finalmente...

Desculpas e justificativas de todos os tipos para o problema do sobrepeso na infância e juventude são as mentiras mais usadas pela família, sociedade e organismos que deveriam proteger a molecada e zelar pela saúde da população; mas, para justificar os ganhos ou posições de destaque, toda artimanha serve na tentativa de fugir da responsabilidade progressiva.
Atitudes concretas para mudar o figurino da molecada?
O que estamos fazendo para mudar o modelito de corpo estilo pêra ou berinjela que as crianças e adolescentes estão usando?
Raras.
Sabe aquela barriguinha do seu filho ou filha?
Vai ser para sempre.
Colocar a molecada desde tenra idade prá “puxar ferro”; pegar peso ao invés de correr, rir, brincar é uma “sacanagem cósmica” – não é nem burrice, é vingança – estamos nos vingando do que os adultos fizeram conosco...

DE QUEM É A RESPONSABILIDADE?

Nossa infância é prolongada e dependente, certamente para permitir uma forte influência do meio ambiente na educação.

Só prá livrar nossa cara - O álibi do Livre arbítrio:

Subindo no banquinho da sapiência:
É preciso que fique bem claro que, a família e o meio apenas participam dela; pois, a decisão final de incorporar ou não os exemplos aos hábitos e ao estilo de viver, é sempre de cada um de nós; o polimento final do processo é do indivíduo (ufa! Que alívio).

Então; os pais que chamam para si o resultado final da educação dos filhos como mérito ou como falha; cometem o mesmo erro dos que os criticam ou elogiam?

Na vida em família e na vida em sociedade, cada um dá o que tem e no momento possível. Ninguém deve se infernizar com pensamentos/crítica do tipo: Se eu soubesse! Se eu tivesse feito isso ou aquilo!
Para tornar mais claro, usemos o exemplo da instrução; uma família fez todo tipo de esforço para oferecer ao filho a melhor escola da cidade, o curso de inglês, o curso de computação; mas ele foi mal, na escola, não ia às aulas de computação, e não fez os exercícios de inglês; recebeu as oportunidades e usou do direito de não aproveitar nenhuma delas - se vai ou não se arrepender mais tarde é outra história; mas, provavelmente ainda reclamará dos pais a falta de alguma oportunidade.

No terreno da educação para a vida a situação é a mesma.
Muitos pais oferecem aos filhos o exemplo de uma vida, se não digna, ao menos correta, e os filhos tornam-se marginais ou até bandidos.

Até onde vai a responsabilidade da família?
O fato de o produto final da qualidade dos hábitos dos filhos seja responsabilidades deles mesmos; não exime a família da Lei Cósmica da Responsabilidade Progressiva.

A sociedade, os dirigentes e os pais respondem pela qualidade dos exemplos e dos ensinamentos possíveis em cada momento.
Para que o resultado seja eficiente, a reavaliação da postura da família frente ao que está sendo exemplificado deve ser permanente; pois os hábitos de alimentação são dos mais difíceis de serem modificados pela sua repetição intermitente; que o digam os que lutam contra os males da obesidade; derrota após derrota.

Claro que na situação atual, a responsabilidade da família encontra-se diluída ao longo do tempo de geração a geração. Cada um apenas pode oferecer aos outros o que dispõe; embora cada um de nós responda pelas possibilidades de discernir já atingidas. (cabe bem neste assunto uma reflexão sobre a Parábola dos talentos)

É nossa obrigação como sociedade e pais de boa vontade, a tentativa de reciclar os próprios hábitos alimentares para que exemplifiquemos com correção aos nossos filhos.
É bom avisar: tentar repassar responsabilidades para pessoas externas á família como professores e profissionais não costuma dar bons resultados.

Claro que quando surgem as doenças ou a obesidade, tentamos colocar a responsabilidade na falta de oportunidades de instrução para justificar a falta de discernimento na escolha dos alimentos.
Ninguém me disse!
Eu não sabia!
Ora, todo mundo come assim!

Nós somos desmentidos pela própria dinâmica da vida: os recursos pedagógicos reais e verdadeiros estão à disposição de todos o tempo todo: são os fatos do cotidiano; e cada qual os usa conforme lhe aprouver, pagando depois o preço do bom ou do mau uso, na forma de doenças e limitações orgânicas.

Governantes que almejam ajudar a criar uma nação forte e desenvolvida não podem em hipótese alguma compactuar com a degeneração orgânica de seus cidadãos.
O que ocorre é muito grave, muito sério.
É preciso criar juízo, pois de certa forma os governantes são responsáveis pelos governados, mesmo que pareça ser possível fugir dessa responsabilidade.

O que fazer?
É possível reverter?
Dicas?
Caso haja interesse manifesto daremos a receita mágica...

SEGUNDA PARTE

REEDUCAÇÃO ALIMENTAR

Vamos dar um tempo pro pessoal digerir as causas do sobrepeso para não peso muito na consciência.

Um comentário:

  1. Boa tarde,Americo!Já estou no seu blog:"Educar para um mundo novo".Obrigada!
    Parabéns a vc e, a todos que fazem parte desta temática tão precisa e básica na vida de todos nós os seres humanos, especialmente à criança de 0 a 5 anos de vida!

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