quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

DERROTADOS PELO PESO – REEDUCAÇÃO ALIMENTAR (2)

Mudar prá que?

COMPREENDER A NECESSIDADE DE MUDANÇA DE HÁBITOS

A situação mais comum capaz de levar as pessoas à mudança de hábitos costuma ser a fuga do sofrimento. Alguns indivíduos mais teimosos precisam de um grande número de experiências sofridas para que se libertem da busca dos “botões mágicos da vida”, como são os remédios, as loterias, etc. Outros, precisam de poucas experiências com o sofrer; já outros, ainda muito raros, são aqueles que aprendem apenas observando e analisando as escolhas sofridas das outras pessoas.

O ideal é que tudo tivesse início na infância:
Uma técnica muito eficaz é ajudar a criança a estudar a vida das outras pessoas.
Observar e analisar como elas pensam, sentem e agem, seu estilo de vida e os efeitos e conseqüências a curto, médio e longo prazo. Como é mais fácil e menos sofrido aprender com os erros dos outros, não devemos ficar com medo de apontar às crianças, os problemas das pessoas que elas conhecem já a algum tempo; e até acompanham a evolução de suas doenças e sofrimentos. Não se trata de críticas; e sim de mostrar para elas que doença e sofrimento é colheita da forma de viver a que todos estamos sujeitos.
Um dia teremos que colher o que plantamos, cuja semeadura não foi modificada a tempo. No entanto, é preciso deixar bem claro, que não há nesse estudo nenhuma intenção de crítica nem de julgamento comparativo; apenas é uma excelente forma de aprender para não repetir os mesmos erros dos outros. Repetir situações que se mostram sofridas demonstra falta de inteligência.

Quando chegamos ao ponto de entender que toda e qualquer escolha que fizermos tem um custo, um preço e que é preciso pagar, pois não há calote na vida humana. Quando começa a compreensão de que é possível substituir as escolhas e que os resultados também se modificam, embora de forma não mágica, mas proporcional. Mudanças definitivas na nossa vida apenas ocorrem sob a ação do conhecimento, tempo e trabalho. É como se a vida nos dissesse: - “Não estás contente com o teu momento?
Aprende, trabalha e espera...

Em se tratando de hábitos alimentares o recém/nascido já traz os seus, que se manifestam na forma de impulsos para desejos e aversões. Cabe aos adultos identificar e ajudar a reformar esses impulsos e tendências subconscientes. Devido à repetição do ato de comer a educação alimentar que a criança receba vai mudar ou não o padrão de hábitos subconscientes que a criança traz consigo.
Um problema coletivo, é que a maior parte das crianças não recebe educação alimentar alguma de forma consciente. O motivo é simples: a maioria das pessoas não tem consciência de seus hábitos, de seu padrão de atitudes, nem da sua vida. Isso, explica o motivo porque os hábitos alimentares quase não mudam de geração a geração. E também explica o oposto: as mudanças repentinas de dieta sob a ação intensa da mídia nos dias atuais. As pessoas com pouca consciência dos fatos da vida humana são as presas mais fáceis da informação da mídia que se baseia nos interesses em vender algo.

As pessoas que já atuam com um certo grau de consciência da necessidade de mudar seus hábitos devem lutar para reforçar a mudança de seus padrões subconscientes sem tentar impor suas idéias aos outros, mesmo que sejam seus familiares.

Mudar prá que?
Ema, ema, ema – cada um com seus...

Continua...

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