sábado, 19 de fevereiro de 2011

DERROTADOS PELO PESO (5)

Continuando.

Na infância somos impedidos de sair da “fase oral” tamanho o valor que se dá á comida em detrimento da saúde.
Usamos o alimento como fonte de prazer, tornando a nutrição um vício cada vez mais perigoso. Alguns pais ficam arreliados da criança não adorar comer;

Nos primeiros anos de vida a criança é obrigada a comer o que o adulto lhe oferece; muitas vezes ingere alimentos que não são bons para o seu organismo. Devido á submissão a padrões esteriotipados a dieta costuma gerar o terreno para as primeiras doenças infantis e o sistema de saúde acaba de fazer o serviço com o chavão: antitérmico, antibiótico, analgésico, antinflamatório, corticóide...

Hábitos não individualizados somado aos ganhos secundários que o estar doente oferece na nossa cultura criam a:

DESVALORIZAÇÃO DA SAÚDE FÍSICA E PSICOLÓGICA

Na cultura moderna, a saúde não tem valor algum até que seja perdida; daí em diante passa a ser uma das metas de vida.

É chocante que muitos ainda adoeçam ou morram de fome sem acesso ao alimento; em contrapartida, como nossa vida é cheia de paradoxos, um importante fator causal de doenças e morte precoce é o excesso ou o consumo de alimentos inadequados para aquela pessoa. Sim, o que é bom para um pode ser um desastre para outro.

Dizem que o pior cego é aquele que não quer ver. Como todos os ditados da sabedoria popular esse serve para nosso tema. Temos a chance de observar ao longo da vida muitas famílias com mais de um filho: um deles enche os pais de orgulho quanto ao comer. É o que eles chamam de “lima nova”, “bom de boca”, traça tudo que aparece na frente; no entanto é um assíduo freqüentador de consultórios médicos para tratar: gripes de repetição, aumento ou inflamações de repetição das amígdalas, crises de rinite, sinusite, urticária, e todo tipo de alergia – na visão normótica dos pais: ainda bem que ele come muito bem; caso contrário; não sei o que seria dele – costumam dizer.
Já o outro filho é tratado como um foco de problemas um verdadeiro desastre; porque não come nada (sic), está abaixo do peso padrão para a idade, etc. Embora para compensar, tenha uma “saúde de ferro”, pois quase nunca fica doente. (quantos desses casos conhecemos?).

Construir uma doença exige que vários fatores se combinem; é como fazer um bolo: são necessários vários ingredientes, só com farinha não é possível.

A dieta tem um peso considerável na origem de boa parte das doenças.
Come-se em excesso.
Usam-se alimentos que não se ajustam às necessidades orgânicas da pessoa.
E, a tecnologia de alimentos trouxe consigo mais uma série de problemas: envenenamento da agricultura, excesso de produtos químicos no preparo e na conservação de alimentos industrializados, e o uso abusivo de alimentos refinados.

No tipo de cultura que vivemos as pessoas apenas conseguem relacionar doenças a fatos escabrosos da dieta.
Quando o sujeito se empanturra, vomitando, apresentando dor de estômago, diarréia; na ingestão de alimentos contaminados ou infectados. No dia a dia as pessoas até já relacionam a dieta a doenças bem trabalhadas pela mídia; como o consumo de açúcar e o diabetes, a ingestão de gorduras com a elevação do colesterol, o consumo exagerado do sal com a hipertensão, etc.

No processo crônico a constante repetição tende a fixar padrões subconscientes de hábitos; comemos várias vezes num dia, e todos os dias, ingerimos uma quantidade inadequada a mais ou a menos de nutrientes mal distribuídos nas várias categorias de alimentos, e além disso, “envenenados”. Essa falta de planejamento alimentar gera uma agressão continuada ao corpo físico que desemboca em algo doentio.

Desenvolvemos nossas capacidades latentes mais sob pressão do que por opção.
A cada dia que passa os problemas de saúde aumentam e se sofisticam de forma muito rápida; o que já leva muitas pessoas a pararem para pensar.
Na saúde psicológica, parece incrível, mas os adultos se encarregam de impedir que a criança ultrapasse a barreira da fase oral e torne uma natural necessidade, a de alimentar-se, num mortal vício.

O ato de se alimentar é um dos recursos pedagógicos mais interessantes no processo de educação; no entanto é mal usado.

Um das suas utilidades mais importantes seria o aprendizado da Lei de Causa e Efeito e da Lei da Responsabilidade Progressiva.

Artigo de hoje: http://americocanhoto.blogspot.com

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