sábado, 26 de fevereiro de 2011

DERROTADOS PELO PESO: EDUCANDO SUA CRIANÇA INTERIOR (2)

A criança interna ou a em idade cronológica deve ser auxiliada a perceber que as leis que regem a evolução das espécies podem ser transgredidas a qualquer hora e segundo a vontade de cada um; mas, a um determinado custo.
A justiça cósmica é irretocável sem nenhuma necessidade de reparos; simplesmente porque é perfeita não há perdão baseado em pedidos de desculpas; arrependimento; crer ou deixar de crer.

O sobrepeso é o efeito da dieta.

PERCEPÇÃO DA LEI DE CAUSA E EFEITO

Pela intensidade e freqüência, uma das leis da natureza mais próximas do nosso cotidiano é a de causa e efeito ou ação e reação. Para o bem de todos nós, o aprendizado dela deve ser o mais breve possível.
O ato de se alimentar é um dos mais repetidos na vida do homem, portanto nada mais lógico que seja usado como um recurso pedagógico para automatizar o pensar antes de escolher e de agir.

Numa fase mais primária da evolução o estímulo que nós mais usamos para reciclar alguma coisa; é fugir da dor, do sofrimento da dificuldade. No entanto, já somos capazes de perceber que escolhemos o tempo todo; e que podemos controlar os efeitos dessas escolhas usando o recurso da inteligência e da reforma das inadequadas.
No caso do sobrepeso, o raciocínio é simples, pois a matemática das calorias é inquestionável: estamos ingerindo mais do que gastamos de calorias – no entanto, usamos a desculpa da genética; na tentativa de manter os hábitos.
Outro fator que não levamos em conta: somos seres incomparáveis; não podemos ser padronizados. No tocante ao ganho de peso, cada pessoa tem seu próprio ritmo de metabolismo; se outra pessoa come tudo que eu gostaria de comer e não ganha peso; eu não posso me comparar a ela; não é raro que algumas desejem ganhar peso e não consigam – forçando a ingestão para engordar acabam detonando com o pâncreas e ganham um diabetes tipo 2.

A moderação:
No nosso amadurecimento psicológico, instinto, razão e emoção ainda pouco concordam.
O comando é da inteligência, não que ela seja melhor ou pior do que os outros componentes da personalidade, apenas porque é a ferramenta adequada para esse fim.
Um problema é que ela para assumir o comando e educar as emoções, tendências e compulsões precisa de autoridade moral baseada na lógica irrefutável.
Quando o adulto ensina a criança a tentar burlar a lei camuflando os efeitos, desautoriza a inteligência a provar que determinada atitude não convém. Desse modo, o aprendizado será nunca. Da forma como é usado o conceito de moderação, na verdade, torna-se uma tentativa de burlar a justiça natural e um entrave à percepção da lei de causa e efeito. Na matemática das calorias não tem acordo. Se eu costumo comer dez vezes o necessário; quando reduzo para cinco vou continuar ganhando peso ao invés de emagrecer. Se eu reduzo em dez vezes e como só o necessário vou manter o peso.

Na sua intimidade a criança deve aprender a ser radical: sim, sim, não, não, ou serve ou não serve ou é bom ou não...

Quando o adulto selecionou um acontecimento para ajudar a criança a perceber a lei de ação e reação, deve tentar amplificar os efeitos ao máximo para que fique muito lógico, simples e claro o que a criança deve aprender. Não se trata de crueldade e sim de aprender o manejo do uso da liberdade e para desenvolver a capacidade de discernir.
Para educar nossa criança interna o recurso deve ser o mesmo: abusar até passar mal – porém se alivio com remédios vou continuar desonesto comigo mesmo.

Todo o desequilíbrio causado pelo uso do livre arbítrio necessitará ser reparado.
Excessos, um dia, são compensados com privações...

Continua.

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