sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

DERROTADOS PELO PESO (4)

Sabe a razão de sentir tanto “desejo” de comer enquanto está defronte á TV? Quer se assustar com a quantidade e a qualidade? – Anote o quanto belisca durante seu “lazer televisivo”, nem faz idéia.
Se nós estamos entretidos numa atividade qualquer, em especial se for prazerosa, nem nos “lembramos” de comer. Na maior parte das vezes comemos por inércia e por tédio, quando a mente não está funcionando qualquer estímulo desencadeia a tal da vontade de comer (é um pouco diferente de fome real); em que momentos da programação você mais come? – Claro que durante, ou logo após, a lavagem cerebral veiculada no comercial – se a sua atenção está presa no assunto, logo nos primeiros comerciais, já deixa no jeito o que vai comer no próximo.
Estímulos visuais e auditivos acionam o centro da fome (no cérebro) que anda direto no piloto automático do subconsciente; pois a maioria de nós, a maior parte do tempo, não temos consciência do que nós pensamos, sentimos, executamos.
Para preservar a sanidade, principalmente das crianças, seria necessário regular, a propaganda de alimentos nos horários previstos em lei para outras proteções á integridade da mente e da saúde infantil.

A INFLUÊNCIA DA MÍDIA

A cada dia a tecnologia produz artefatos de informação que de tão rápidos, contínuos e carregados de persistentes apelos ao consumo deste ou daquele produto, destroçam centenários hábitos de alimentação de povos inteiros.

As maiores vítimas desse processo são as crianças induzidas por ícones da comunicação a comprar os produtos aos quais servem de garotos ou garotas propaganda.

As famílias já mais conscientes do problema estão em desvantagem absoluta na tentativa de formar bons hábitos; pois a criança vai dar ouvidos aos astros da mídia sejam eles pessoas ou bonecos ícones.

Sociedades conscientes devem impedir por meio de legislação que bugigangas sirvam de apelo comercial para o consumo de guloseimas, tais como brindes na forma de brinquedos, bonecos, figurinhas..., vinculados á compra de determinado produto.

A mídia de ação rápida criou um formidável ponto de ruptura em tradições seculares e até milenares. Nos últimos anos, os valores, e o antigo sistema de formação de hábitos está sendo despedaçado de forma globalizada – não que isso seja tão ruim assim; pois destruição e reconstrução fazem parte do processo de evolução seletiva.
No terreno da formação dos padrões de atitudes com relação ao ato de nos alimentarmos, a influência da mídia é impressionante. E a rapidez com que gera mudanças é mortal para muitos grupos culturais que não tem tempo hábil; para se adaptar ás novas condições e aos novos hábitos.

O lobby do setor de alimentos é muito poderoso na defesa dos seus lucros; o ramo comercial de alimentos é sempre um dos mais seguros para se investir.
A política de marketing desse segmento da indústria e do comércio naturalmente deve ser: quanto mais se coma isso ou aquilo melhor... Quanto mais as pessoas sejam induzidas a comer, maiores serão os lucros, e mais investimentos serão feitos – essa é a idéia.
Como álibi para as infrações á ética cósmica usa-se o livre arbítrio do consumidor. Compra quem pode – come quem quer – e o quanto desejar.

Repetindo:
O forte e constante apelo visual e auditivo com relação aos alimentos torna-se um poderoso estímulo para produzir secreções digestivas capaz de desencadear a sensação de fome. Esse é um dos motivos da comilança defronte à TV principalmente em se tratando de crianças.

Os adultos pouco conscientes também são afetados de forma cada vez mais grave.
O ritmo de vida acelerado e sobrecarregado de pressa e medo acentua o problema da ansiedade mórbida; o que faz com que a pessoa corra atrás de carboidratos o tempo todo, em especial do açúcar, do chocolate e farináceos. E também, algumas pessoas passam a sentir um desesperado desejo de mastigar o tempo todo para aliviar seus conflitos subconscientes. E mastigam tudo que enxergam pela frente.

Desgraça pouca é bobagem:

A cultura de produzir alimentos em larga escala gerou o envenenamento da agricultura e a deterioração do meio ambiente, o que trouxe muitos problemas para a sanidade de todos. Muitos são os agravos que essas substâncias podem causar à saúde. Dentre eles: câncer, esterilidade masculina, degeneração de sistema nervoso, problemas hepáticos, etc.

A tecnologia de conservação dos alimentos trouxe consigo um problema difícil de ser resolvido: a intoxicação em larga escala e de forma continuada; embora muito se tente pesquisar para substituir produtos químicos por substâncias extraídas de plantas ou da natureza, o resultado deixa a desejar e o envenenamento continua lento, insidioso e progressivo.
Em alguns países o uso desses produtos químicos beira o “genocídio em código”: estabilizante F-5, corante Y-10, etc. Pois, as pessoas são envenenadas sem defesa, não há cultura para observar nem prazo de validade dos alimentos; quanto mais pegar uma lupa para ler os códigos; pior, quando leu não quer nem sabe interpretar. Este produto contém: corantes, acidulantes, aromatizantes, flavorizantes, aintioxidantes, antiumectantes, conservadores, edulcorantes, estabilizantes, espessantes, umectantes, etc.
E para piorar: alguns são submetidos a “higiênicas radiações”. Ou a lavagens com soda cáustica, etc.

Seria correto e ético que no rótulo dos alimentos viesse escrito quais as substâncias ali contidas; e o que já é conhecido de sua ação nociva no organismo dos seres humanos; para que o consumidor pudesse usar com correção o seu livre arbítrio; aí sim, melhorando o álibi dos produtores e fabricantes de apetite seletivo, desejos, compulsões, fome, comida, alimento.

Bom apetite.

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