sábado, 29 de outubro de 2011

AS COLORIDAS CRIANÇAS DE HOJE




Ao que parece a gurizada de hoje não é uma turma de gênios nem seres iluminados; apenas, trazem consigo, certas habilidades e um tremendo potencial para desenvolver aprendizagem.

A questão é:
O que vamos ensinar a essas criaturas?

Tudo leva a crer que nós vivemos uma acelerada fase de transição, caminhamos a passos largos para um mundo diferente. Sendo ela uma delicada e cirúrgica mudança de padrão vibratório que pode afetar toda a galáxia, essa mudança na Terra e seus habitantes desperta o interesse de todos os que trabalham em prol da paz e da harmonia no universo. Bem nos disse o Mestre que nunca estaríamos sós: há algumas décadas vários grupos vindos de muitos lugares e dimensões tiveram seu DNA modificado e estão nascendo espalhados por toda parte, numa velocidade crescente. Dentre esses grupos, estão boa parte das crianças abaixo de sete anos. Suas características de pensar – sentir – agir revelam um comportamento que as diferenciam muito das antigas que podemos chamar de normais.

Como médico de família há 30 anos, acompanhei o nascimento e a formação de muitas crianças. Hoje atendo algumas pequenas que são filhas das “minhas crianças” do início de carreira; entre elas, que incrível diferença! Desde alguns anos comecei a ficar intrigado com a velocidade com que o desenvolvimento torna-se diferenciado ano a ano, de filhos para pais, de irmão para irmão. Como costumo dizer: as crianças de hoje mal abrem os olhos ao sair do útero materno e, já estão “pescoçando” tentando saber onde se encontram e quem está ali; elas nos devassam com o olhar profundo e de únicas intenções.
Brinco que, em breve elas vão nascer falando. Até certo momento das minhas indagações, atribuía isso, ao estilo de vida atual com muito mais estímulos de todos os tipos e das informações que nos atingem numa velocidade crescente; pouco a pouco fui mudando de idéia; apenas esse fato, não conseguia justificar e, muito menos, explicar as diferenças, descontadas as características individuais, entre crianças da mesma família com tão pouca distância de idade e submetidas a estímulos semelhantes e convivendo com as mesmas pessoas. O que nos parece um salto espetacular na evolução acabou, em muitos casos, num tipo de pesadelo. Pois, não nos preparamos para mudanças tão rápidas e, essa precocidade gera muita confusão em nossas cabeças. A princípio, a família fica deslumbrada e orgulhosa por ter gerado um pequeno gênio, até tenta mostrar a todos, as incríveis habilidades das suas crianças. Mas, não demora; sentem-se perdidos, pois aquela criaturinha fantástica tem idéias próprias, opinião própria, não aceita ordens incoerentes, enfrenta os adultos de igual para igual, lê pensamentos, manipula com extrema facilidade os outros; caso tentem fazer isso com ela.
Ao longo dos anos acompanho a angústia de muitos pais que estão perdidos ao tentarem educar as crianças normais; já para os que receberam uma figurinha dessas para encaminhar na vida as dificuldades são muito maiores; caso mantenhamos o mesmo padrão na educação.
Muito tenho lido e ouvido sobre a urgência de novas pedagogias para atendermos ás necessidades educacionais destas “novas crianças”; concordo; mas acima de tudo, não acredito em nenhuma delas; caso não nos reeduquemos. Costumo dizer que as crianças quase não teriam problemas se não fossem os adultos. Como exemplo: se, uma criança apresenta um comportamento considerado inadequado, é encaminhada ao psicólogo, logo tem alta e quem continua por muito tempo em tratamento são os pais. Parece incrível, mas o maior problema humano continua sendo a educação, quando ela é o mais importante caminho do progresso. Em se tratando dessas novas crianças, elas são vistas por muitos pais e profissionais da saúde e do comportamento como problemas, quando na realidade é a solução para os da nossa evolução coletiva.

Minha experiência de vida inclui além do trabalho de atendimento a famílias mais quatorze anos de vivência cotidiana numa escola de educação infantil e berçário, aprendendo com muitas crianças e seus familiares que, até hoje continuam sendo nossos clientes. Isso me proporcionou uma visão multifocal bastante rica que, irei na medida do possível, compartilhar através de palestras, oficinas e livros. Dessas vivências, estudos e indagações surgiu o “Projeto Educar para um mundo novo” cuja idéia principal é adequar os adultos para que ao mesmo tempo, eles possam compartilhar essa reciclagem com as novas crianças que surgem sejam elas azuis, amarelas, cristais, etc.

Com certeza muitas dessas crianças da Geração Nova são exilados de algum lugar deste mundão interminável de Deus.
Não conseguiram acompanhar o que vai rolar de aprendizado nos seus mundos; mas são e serão fantásticas aqui: BEM VINDAS.

Assim como os exilados da Terra estão sendo e serão fantásticos para onde estão sendo levados.

Caso estejamos nos sentindo um peixe fora d’água na atual conjuntura; melhor a gente aprender a se comportar prá não fazer feio na nossa próxima escola. Para que lá não sejamos rotulados de as crianças roxas: roxas de raiva...

Namastê.

Um comentário:

  1. Caro Américo Marques, que alegria acessar um blog com esse conteúdo riquíssimo! Após ler "A reforma íntima começa no berço - Guia Educacional para Pais" (estou lendo pela terceira vez!) muito me chama a atenção a frase dessa matéria: "Costumo dizer que as crianças quase não teriam problemas se não fossem os adultos." Exatamente assim que senti quando nasceu meu filho, hoje com 2 anos e 8 meses. Espero ler mais matérias e conhecer o Projeto Educar para um Mundo Novo. E aproveitar muito essa relação mãe-filho que é a maior fonte de Auto Aprimoramento com que já tive contato!
    Forte abraço e obrigado por se dedicar a esse valiosíssimo tema.
    Maira Moreira

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