sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A POLÍTICA E OS HÁBITOS ALIMENTARES

Na natureza nada se cria – e, quase tudo se transforma, recicla, recria; mas, na hora certa (desculpe mestre Lavoisier; por meter o bico na sua imutável lei).

O que comemos é a nossa cara; espelha quem somos – mas, pode ser uma ferramenta excepcional de autopercepção para posterior reciclagem cósmica.

A formação dos hábitos alimentares ajuda a politizar?

A forma de comer de um povo é a sua cara; em se tratando de hábitos até familiares e políticos.
Importar porcarias industrializadas e envenenadas com produtos químicos já fora de uso nos países de origem; não merece macs comentários.
Cá entre nós:
Produzir apenas para gerar renda e impostos; essa atitude de política agrária; além de pouco responsável quando se trata de sustentabilidade; é “marvada” – Manhê! Porque ocê fez isso cumigo?

Para nossas gerações mais antigas, preocupar-se com ecologia e sustentabilidade era coisa de quem não tinha o que fazer – a maioria continua pensando dessa forma; essa praga está no DNA cultural e até consangüíneo das potestades dos currais eleitorais.
Um de nossos probremas, é que dentre os políticos atuais a quase totalidade ainda pensa dessa forma; e usa o conceito de ecologia e saúde e educação; apenas quando interessa e da boca para fora; até porque, a preocupação com o meio ambiente rende poucos votos traduzidos em propinas e enriquecimento rápido – lícito ou ilícito é mera questão de semântica ou de vantagens na carreira dos responsáveis.

Há esperança de mudanças em tempo hábil; antes do desastre que se avizinha?
Pode ser.
Claro que é possível reeducar e conscientizar os adultos, através das crianças da Geração Nova; usando sua potencialidade de inteligência cognitiva e maior transparência de atitudes, algo inato em boa parte dos pequenos da atualidade; mas, se elas forem mal educadas como vem sendo feito, o desastre será mais rápido; e bem mais efetivo – pois, como todos os males; se bem usados; viram um bem maior: uma criança de dez anos que morrer de enfarte vai salvar a vida de milhares de outras; breve. Bem breve.

O que dá prá fazer bem ao nosso estilo de quebra galho?

A idéia é trabalhar fortemente essa temática em sala de aula; usando todas as matérias da grade curricular em atividades que exija a participação dos pais – algo do tipo: pequeno comentário a respeito do que a criança executou – Pois, na cabeça dessas crianças em se plantando tudo dá. E na de seus pais, ao menos alguma coisa ficará retida; daí que o investimento dará frutos.

De forma prática e imediata; se a criança for educada conhecendo seus direitos e deveres, segundo princípios de boa ética, ela pode tornar-se capacitada a boicotar todos os tipos de alimentos que, representam perigo para a sua vida, a vida dos outros e para a sanidade do meio ambiente (quando puder votar não dará seu voto a tranqueiras. E, fará isso, de uma forma ativa, e inteligente participando suas descobertas às outras pessoas, e cobrando a participação e até engajamento da família - tornando-se um verdadeiro cidadão ao exigir direitos e fazendo sua parte, para que possa cobrar responsabilidades; responsabilizando-se.

De que forma?

Leitura de jornais (sem censura) e ouvindo noticiários (sem censura) a criança deve estar atenta para a política de alimentos praticada pelos governantes e pela indústria.

O ganho social será imenso; pois, além de cobrar dos familiares que votem apenas em políticos engajados de fato na preocupação com a sanidade ambiental - muitas delas possuem uma capacidade de discernir acima da média e convivem com filhos de pessoas influentes em várias áreas da vida social. E vão cobrar: Teu pai é um bundão; fala uma coisa e pratica outra...

Caso seu filho conviva com os dos que vivem á sombra do poder – dê uma mãozinha para que cobrem seu voto (mas, é preciso que como cidadão; faça o que apregoa).
Não se trata de pressionar, mas de estimulá-los a atitudes compatíveis com o bem comum - para que convençam seus pais a terem atitudes cada vez mais éticas e de responsabilidade social, e com preocupação real e efetiva com o meio ambiente.
Fazer e cobrar; o discurso deve ser compatível com a atitude - Não devem as crianças já conscientes esperar que seus coleguinhas tornem-se como seus pais; perpetuando situações que podem ser resolvidas a tempo sem maiores sofrimentos.
Teu pai é criador de gado; porque é vegetariano?
Tua família é dona de usinas de açúcar porque você só usa coisas com adoçante?
Tua família vive de criar frangos; porque não comem?
Muitos outros questionamentos serão feitos pelas crianças do futuro; as que sobreviverem aos pais; é claro.

Mas, estamos esperançosos quanto ao futuro.

Talvez a parte mais difícil seja engajar os profissionais da educação.

OK CRIADORES DE GADO - PLANTADORES DE SOJA - PLANTADORES DE CAPIM?

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