sábado, 22 de maio de 2010

RECORDAR É APRENDER - A ECOLOGIA DOS TIPOS DA ESCOLA - parte I

Antigamente os “pentelhos” da escola eram os “filhinhos de papai” os playbois, os donos do pedaço; depois veram os bady boys – Nesta época está na moda o bullying prá lá; bullying prá cá; enrustidos e assumidos.
Avanços e retrocessos nas relações humanas sempre houve.
Nossa brincar de pensar de hoje; é recordar as “peças raras” da infância e da juventude; o que pode tornar-se um divertido jogo – claro que, com a finalidade única de aprendizado íntimo; pois, a lei de causa e efeito joga bruto; cuspiu no prato que comeu; vai morrer de inanição cósmica ou comer com cuspe e tudo (sofrimento de todos os tipos) – mas, sempre sobra o temperinho do amor, a dieta do perdão...

Nossos amigos, adversários ou colegas de ontem:
Quem virou o que?
Quando?
Sabe o fulano?

Será que o sistema ecológico humano sempre foi assim; tão caótico; mas, tão divertido?

Amantes, amadores, doadores, parasitas, predadores, simbióticos, vampiros, sanguessugas; de lado - No sistema ecológico das salas de aula tem gente de todo tipo e para todos os gostos.

Ainda bem que cada um é cada um.
O ser humano não se repete.

Será?

Pois, ano vai, ano vem, e a turma da escola, na tipologia, não muda tanto assim.

Geração após geração; aparentemente, os tipos, com algumas mudanças continuam quase os mesmos.

Em cada época mudam os apetrechos, os adereços, os interesses, as coisas da moda e os objetos do desejo; mas, no fundo, as mudanças nos tipos humanos são poucas; e ficam apenas na casca dos acontecimentos.

No decorrer das nossas vidas apesar do treinamento e da instrução recebida; continuamos quase com o mesmo jeitão da época da escola.

Podemos nos esconder atrás de escrivaninhas, debaixo de uniformes, atrás de cargos ou títulos; não importa onde estejamos posicionados; nem como nos apresentamos no momento –
podemos até criar uma personalidade profissional, embora na intimidade, como seres viventes, continuemos quase os mesmos de antes.

Em toda turma de escola do maternal à universidade há aquelas “figurinhas carimbadas” (nós mesmos) que nos marcam e marcam época; e, nesta brincadeira de auto percepção; nós vamos tentar identificar; se, os tipos com quem convivemos continuam parecidos até hoje.

Outra parte da idéia é descobrir; com a rara honestidade; a caricatura que se tornou nossa marca registrada na escola – e o que viramos. Onde e no que mudei?

Entender a origem dos tipos humanos esquisitos, engraçados e até perigosos, parece muito difícil, mas não é, basta saber que, ao nascermos trazemos tendências, predisposições e impulsos; um esboço de personalidade (a carinha de nossa alma); a outra parte é a influência que recebemos do meio ambiente: educação, condições da vida em família, ação da cultura e da instrução; dos vestibulares e dos concursos para fp; e nos dias atuais a mídia exerce uma forte influência sobre os mais fracos de caráter, etc.

As ferramentas para perceber as diferenças entre uns e outros são simples; e estão á disposição de qualquer um:

Observar, pensar para quem deseja; estudar e praticar.

Nosso desejo com esta brincadeira não é fazer com que todo mundo vire psicólogo de fundo de quintal.
Mas que, manjar um tiquinho de psicologia humana ajuda a gente a se virar melhor na existência; isso ajuda e, ninguém pode negar.
Afinal conquistar um melhor padrão de qualidade de vida como pessoa exige conhecer e saber lidar um pouco com a pedagogia de valores.

Para não cansá-los! Chega de conversa!

Nesta primeira fase da brincadeira:

Vamos nos divertir ao relembrar resumidamente alguns tipos estilosos:

MARIA VAI COM AS OUTRAS

O Zé normal.
Esse “ser”; sempre foi o mais comum dos mortais.
Essa figura representa a maioria que gosta de ser conduzida, manipulada. O típico seguidor de pesquisas. Exemplo, em época de eleições que podem definir seu futuro; eles esperam as pesquisas para escolher seu candidato: o que está na frente...
São fiéis seguidores das coisas da moda. E têm uma preocupação exagerada com o que os outros pensam a seu respeito.
Os dessa “renca” fazem parte da turma que vive em cima do muro.

Costumam ser fiéis adeptos ou fazem parte de torcidas.
Precisam sentir-se parte da “manada humana”; dos sem opinião própria e pouco dotados de criatividade; normais.
Não importam se certo ou errado, ético ou não; adoram o slogan: se todo mundo faz, também faço; é normal.
Fazem de tudo para que sejam aceitas nos grupos ou nas panelinhas.
No decorrer da vida sempre terão grande dificuldade em mudar a postura pessoal ou profissional exceto quando indicada e aceita pela maioria.
No trabalho são os típicos funcionários padrão.
Dentre outras coisas, seguem a religião da maioria; adoram dietas milagrosas, exames sofisticados, cirurgias plásticas.
Quando em ambientes contraditórios pintam-se, tatuam-se, enchem-se de penduricalhos.
Resumindo são os normais; que quanto mais tentam se diferenciar; mais normais se tornam; pois copiam a tentativa de se diferenciar de seus modelos.

NÃO SABE SE VAI OU SE FICA

Filho de pais controladores e pouco diferenciados na capacidade de pensar.
O tipo indeciso em tudo é um inseguro por natureza de DNA físico ou de berço cultural; pois pergunta se: a lição está bonita; se o que deve dizer e como se comportar; até para se vestir é inseguro; daí que esperar por ele é um tormento, pois é capaz de levar meses para se arrumar e trocar de roupa; desce todas do armário e ainda aluga alguém da casa para saber se ficou bem ou não.
Convidar essa “peça” para algum programa ou atividade é passar raiva na certa; uma hora topa, mas logo a seguir diz que não vai poder ir.
Cair com um deles na mesma turma para trabalho em grupo é um saco.
Outra característica é que sempre que se posiciona no espaço físico do grupo procura o meio.
Sua insegurança e o medo do julgamento dos outros é mais forte do que no tipo “maria vai com as outras”.

Quando consegue se libertar da preocupação do que os outros pensam dele costuma deslanchar na vida e até deixa de votar em branco nas eleições ou naqueles que estão na frente nas pesquisas.

NÃO CHEIRA NEM FEDE

Tem pessoas que conseguem passar pela vida como uma “coisa” em que as pessoas não conseguem prestar muita atenção, nem que elas pendurem uma melancia no pescoço.
Esse é o tipo que nem consegue ser “maria vai com as outras”, até porque; quase ninguém os convida para participar de nada; exceto quando há da parte do outro um grande interesse em lucrar de alguma forma em cima da figura.
O não cheira nem fede não tem nada a ver com o tímido. Pois, o tímido passado o medo do que os outros pensam dele; e amenizado o orgulho de ser rejeitado; logo ele arruma uma turma; e o tímido até se destaca na criatividade e no desempenho; mas, para ele é complicado mudar de turma, quando for preciso.

Os amorfos cultivam um desejo secreto de serem notados e principalmente amados.
Mas, o medo da rejeição faz com que se isolem; mesmo quando resolvem se expor, pois ficam sempre, não com um, mas com os dois pés atrás.
Quando resolvem mudar a postura pode tornar-se temporariamente o oposto: verdadeiras “loucas”.
Também fazem parte do grupo intermediário, e nunca conseguem sentar na frente nem no fundo da sala; são adeptos da turma do meião.
Quando adultos tornam-se os desaparecidos das listas dos encontros de ex-alunos, alguns são dados como mortos: - Lembra do fulano? - Lembro – Onde será que ele anda? – Não sei; parece que não sei quem disse que ele morreu.

Quando candidatos fazem parte daquela eterna turma onde só aparece a foto de relance na propaganda na TV.
Eternos coadjuvantes de tudo.

Vai pensando em que grupo você se enquadra.

Continua.

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