Aos jovens:
O convencionalismo é uma camisa de força a impedir a evolução.
Um Mestre nos avisou que somente a verdade nos libertará.
Não tenha preguiça de pensar, aprenda e treine-se a ter atitudes claras e definidas, pois o moderno ser humano, o homem de qualidade não pode mais ser ambíguo, nem indefinido e, por conseguinte nem hipócrita. Sempre que se trata de externar opinião: aquele que tolera a injustiça e a impostura sem o protesto seguido de ação, é idêntico. O homem de qualidade tem a obrigação de exigir qualidade dos outros e de reagir contra todos os males que o afetam, a ele próprio e aos seus semelhantes, e para isso, não é necessário usar de violência: basta que tenha coragem moral para sustentar sua reprovação, sua repulsa, manifestada pela palavra e, pelo exemplo.
Cuidado com o conceito: politicamente correto.
Procure ser, e não apenas parecer. Observe atentamente o que se passa na sociedade atual, e veja como tudo se faz não no sentido de ser, mas de parecer. Para um ser medroso e preguiçoso isso é lógico e natural. Por isso, é que sobre os fatos que afetam a sociedade, o homem vacila em dizer o que pensa e o que sente, em especial, se tal fato se prende a pessoa de destaque ou de prestígio, ou à maioria, ao número, pois o número é a força, e a força é o que domina.
Verdade e justiça são vencidas pelo número?
Realmente, quando se trata de qualidade, é muito mais fácil simulá-la do que adquiri-la; o resultado, porém; é que é diferente.
Fique atento, pois hoje, ainda tenta-se a todo custo enfiar o indivíduo na camisa de força do convencionalismo vigente e, a massa que compõe a maioria, vai tentar absorvê-lo. De todas as maneiras, vão dizer a você que não se deve opor a esse processo de absorção; que reagir é incompatibilizar-se com a força, que é mais cômodo e vantajoso juntar-se aos passivos. Porém, fique tranqüilo, “fique na sua”, esse sistema funciona só até certo ponto, não é tão devorador assim, pois o hipócrita fala muito e pouco faz e, ainda bem que apenas por palavras que “entram por um ouvido e saem por outro”. Cuidado para não copiar os exemplos de baixa qualidade da pressão de grupo como o fumar, por exemplo.
Quando o ser humano perceber que mil palavras não valem um único exemplo, de muita ou pouca qualidade, um grande passo já terá sido dado em direção ao futuro, a uma nova educação capaz de modificar radicalmente os rumos da evolução do homem.
Por exemplo: hoje, fala-se e escreve-se muito sobre o jovem drogado, sobre o problema das drogas na criança e no jovem. Mas, que sustentação moral tem um pai ou uma mãe que vive um cotidiano de “drogado” por ansiolíticos, antidepressivos, indutores do sono, estimulantes; sejam químicos ou “naturais”; referendados ou não por uma cultura de saúde “drogadora” que só sabe valorizar a doença. Que moral tem para cobrar de um filho: o não fumar, o não beber, o não drogar-se?
Uma campainha já toca na consciência de muitos jovens rotulados pela normalidade de rebeldes:
Não se drogue como seus pais; não necessite de uma droga para dormir, para acordar, para “transar”, para sentir-se feliz ou infeliz. Não seja convencional Por outro lado, não seja consumidor de álcool fumante de cigarro ou de maconha, cheirador de cocaína ou comedor de açúcar...
Jovem de qualquer idade, onde existe a paz do convencionalismo, leve a perturbadora espada da contestação, da opinião própria, temperada e afiada num desejo de conduta sustentada nas leis naturais. Numa família de bêbados, seja um abstêmio. Numa família de chocólatras e viciados em açúcar, seja um naturalista. Numa família de fumantes, seja um amante do ar-livre, Numa família de glutões, seja um comedido ou até um praticante do jejum. Numa família de mentirosos, seja verdadeiro. Numa família de sedentários, seja um esportista. Numa família de doentes, seja um cultuador da saúde.
É preciso que o jovem seja cada vez mais diferente; mas inteligente, indagador, contestador, revolucionário, não pela força, mas pela inteligência...
O estágio de qualidade humana total é dos fortes. Os abúlicos, os fracos e os covardes não o alcançarão tão cedo.
Namastê.