quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A CONSTRUÇÃO DOS MILAGRES

Já se foi o tempo das ocorrências externas com cara de milagre. Elas estão proibidas pela legislação cósmica; pois fazem mal á saúde evolutiva – daí, não se encontram mais á venda em locais sagrados.
Quem os quiser vai ter que construí-los.
Apenas os do tipo artesanal; aqueles feitos em casa estão permitidos.

Construir um milagre é mais fácil e simples do que se imagina.

Defina um projeto de milagre com simplicidade e clareza – saiba muito bem o que deseja; pois se deixar uma possibilidade de dúvida, ele não se realiza. Esse é o motivo de apenas criarmos ocorrências com jeito de milagre em momentos de extrema aflição; pois nessas horas a certeza do que queremos é absoluta; não deixamos lugar para segundas ou terceiras opções.

Pense fortemente na sua meta de milagre; aprenda a concentrar e a canalizar a energia realizadora; daí a necessidade da simplicidade e da clareza.

Caso sinta-se inseguro ou incapaz e resolva pedir ajuda – peça para uma fonte só para cada milagre; pois, se solicitar a várias; não receberá ajuda de ninguém. Cá entre nós, as ocorrências com cara de milagre começam a escassear; também devido ao sincretismo religioso; pois, nós costumamos na hora do aperto; pedir ajuda ao mesmo tempo para várias fontes: Aí minha Nossa Senhora me ajude! Meu Deus! São Benedito me valha!

Não contes demais com ajuda externa e cuidado com os agradecimentos e pagas aos ajudantes da tua realização; pois elas te fazem perder a fé em tuas próprias possibilidades; única fonte eterna, real e verdadeira de milagres. Jesus o maior de todos a andar por aqui que temos notícia, deixou isso muito claro ao participar, como ajudante, de vários milagres (curas) – disse Ele de forma clara! Vai, a tua fé te curou.

Podemos intervir na ajuda a criar milagres para os outros; mas sempre convêm que não saibam; pois ficarão com certeza acomodados; e não raro; mal agradecidos – daí que, esses milagres externos são sempre instáveis – como na cura temporária da doença produzida por cirurgias, remédios e outras intervenções ditas espirituais.
A cura definitiva depende da participação ativa do interessado: mudança de hábitos, cuidados básicos, etc. Usando novamente outra fala de Jesus aos que receberam ocorrências com cara de milagre: Vá e não peques mais.

Deus não é milagreiro; simplesmente é o dono da fábrica de milagres; apenas empresta o material; oferece assistência técnica - mas, cada um tem que entrar com a mão de obra.

Vivemos numa fase planetária onde cada um de nós vai ter que fabricar todo santo dia o milagre de continuar acreditando nas suas possibilidades e talentos; provando a si mesmo que é capaz de tornar-se feliz e realizado.

Daqui em diante o recomeçar para muitos terá que ser a cada dia; no milagre de reinventar o cotidiano.

Para quem ainda não as tem bem definidas; é preciso inventar razões diárias para continuar aqui em 3D. Pode parecer incrível; mas, esse é um dos milagres mais necessários para muita gente na vida contemporânea.

Embora muitas vezes pareça algo súbito; normalmente ocorrências milagrosas costumam ser um verdadeiro trabalho de parto; demoram longa gestação até acontecer – não surgem assim do nada.

Precisando de um milagre?
Melhor começar logo a trabalhar nele.
Dica: Milagres precisam de manutenção. É mais difícil manter a ocorrência milagrosa do que construí-la.

Namastê.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

FORUM RIO + 20 - EMAGRECER É UM ATO DE CONTRACULTURA




O processo de engorda está de forma sombria inserido no DNA cultural da maioria dos povos. Afrontar isso, especialmente na infância, pode ser até perigoso – pode custar injeções, remédios vitaminados de gosto horrível; chantagens afetivas e emocionais muito destrutivas a longo prazo; perda de mordomias e de entretenimentos...

Crianças bem gordinhas dão status de pais bem sucedidos; magrelas representam perigo para o ego exacerbado e idiota – o bom ego, é o de quem sabe o que é, deseja e atua.

Depois dessa cruel lavagem cerebral (produzida por gente obsessora que diz nos amar) adultos magros são pessoas top; de sucesso; melhor amadas – aos outros a decepção, o sentimento de inadequação e de menos valia, angústia, depressão, pânico e coitada da tireóide.

Nosso futuro individual e coletivo é discutível quanto aos bons resultados – pois:
Pensamos lento e a informação chega cada vez mais rápida; submetendo as pessoas aos apelos do consumo; e mesmo hoje com todo excesso de informação da luz e das sombras - feito cobaias “entupimos” nossas crianças com proteínas lácteas e vitaminas suplementares: originando as alergias, disfunções, obesidade; distúrbios que antes se resolvia no estirão da puberdade - hoje, com a ajuda do estresse, boa parte dos jovens da atualidade; apresentam um modelito de corpo que parece uma beringela ou uma pêra – e jogam um game chamado: A guerra das balanças; onde o perdedor é que está por cima... E o vencedor é o que vende artimanhas para ganhar o game: perder peso em todos os níveis da evolução humana; e não apenas em Kg.

Devíamos nos espelhar nos nossos companheiros de evolução em Gaia: os ditos animais.
Eles, embora desprezados pelos que se acham os donos do pedaço – mas, somos todos cobaias de Ets que ainda se arriscam a andar por aqui; e que acham a mesma coisa das nossas medíocres pessoas - nós somos as cobaias deles – mas, por opção – Eles, os inferiores (segundo nosso ponto de vista e interesses): Não pressionam suas crias a tornarem-se como eles: os bichos adultos; nem gordalhões concursados nem magrelos espoliados; apenas a respeitar sua Constituição – nenhuma mãe hiopotamo vai querer que sua prole se transforme em surigato. A Legislação em vigor, baseada em dietas de poder e financeiras na forma de decretos lei e outras aberrações jurídicas; violam; o princípio básico e primário da igualdade entre seres de uma mesma comunidade; propiciando a obesidade cósmica ilícita.

Embora entre nós o DNA cultural tenha mais predominância do que o DNA hereditário; de forma preguiçosa somos levados cientificamente a imaginar que somos vítimas de gens.
Tais pais tais filhos; está mais para a transmissão de hábitos do que para uma benção ou maldição genética.
Entre nós; a pressão emocional verbalizada ou não; canalizada sobre a criança para que coma ou se aproprie de calorias financeiras (neurose de competição); é intensa e doentia e, favorece o apetite seletivo. Chega-se ao absurdo de premiar o ato fisiológico de comer. “Se comer tudo, eu te dou isto, se comer determinado alimento, te dou aquilo”! – Se você for o primeiro da classe vai ganhar um plaistencio ( em bom brasilianês atual) transcrito nas concorrências publicas em todos os níveis de atuação da vida civil e privada (sem segundas ou terceirização de intenções).

Na vida contemporânea o estresse crônico mais a ansiedade doentia sob a batuta das maezonas e das vovozonas condenam algumas crianças a uma luta inglória contra a obesidade que recebeu o nome politicamente correto de sobrepeso.
A ferramenta de tortura que a sociedade usa, chama-se: BALANÇA. Melhor levar essa luta com bom humor; um amigo meu apelidou carinhosamente sua balança de banheiro de “Ferrari” – vai de zero a cem em dois segundos... Ele é FP e engordou sua conta bancária na mesma proporção.
A pior balança é a da economia; claro que do lado financeiro; pois se Deus nos abastece conforme acreditam os crentes: economizar bens materiais prá que? Para alguns obesos na parte financeira a balança vai dos zeros aos milhões com apenas uma simples assinatura; emagrecer essa gula nem ONGs e outras dietas podem ajudar a emagrecer a conta obesa...

Mesmo não sendo bichos dos gélidos polos; a cultura da engorda entre nós seres polarizados em 3D, ainda continua; armazenar calorias para que e para quem? Para os descendentes? – Uau! – Genial! - isso é transcendental! – Vou legar minha gordura financeira aos meus descendentes – Mas, e se eles forem emagrecidos pela aplicação correta da justiça? – Vão criar o movimento dos obesos do seriço publico e seus afins: Gordinhos unidos jamais serão vencidos?

Somos lentos nas mudanças e continuamos “fazendo o prato” (vale para nossa vida política – “teoria do bom prato”) dos filhos; segundo o que e quanto foi ditado pela cultura e pela mídia e não importa a idade deles tenham três ou noventa anos – num exercício de transcendência mental e ética vamos levar esse raciocínio para a obesidade mórbida de poder.
Faz-se do ato de comer o cotidinao prato de arroz com feijão e mais uma mistura; uma exacerbada fonte de prazer; mesmo que inventemos desculpas e justificativas; sabemos que, muitas das vezes em que nos alimentamos; o fazemos por outras razões que não a fome; violando algumas leis básicas da vida. – até para comer a ração do outro.

Para muitos adultos da atualidade a criança que come pouco é rebelde; se for magra quase é escondida de vergonha; pois representa fracasso familiar e coletivo. E pasmem; elas serve de palco para os pseudos lutadores pela igualdade social e logo se cria uma “bolsa calorias” para engordar as criancinhas menos favorecidas. O diabetes e a obesidade rotulada de forma politicamente correta como sobrepeso; começa a atingir de forma covarde e medíocre, os que se intitularam de defensores ou sobreviventes das antigas oligarquias – os ferrados são sempre: as crianças menos favorecidas. Melhor morrer de fome ou de forma precoce com sobrepeso, diabetes; ou isso e aquilo, para enriqueer de poder os mesmos de sempre com outros rótulos.
Crianças que pensam em fazer dieta para emagrecer ou não engordar, são consideradas rebeldes, problemáticas e vigiadas o tempo todo; qualquer espirro é devido ao fato de comerem pouco.
Isso em pleno século 21.

Numa sociedade de normais emagrecer é um ato de contracultura; punível com a discriminação; até com a morte - pior; com a mais covarde de todas: a subjugação forçada pelas drogas anorexígenas.
Aí daquele que conseguir a façanha de emagrecer rápido; logo os outros passam a olhá-lo de soslaio: Coitado deve estar com muitos problemas! - Será que é câncer ou HIV?

Ou será que é ao contrário: Nossa como aquela pessoa engordou! Deve estar com problemas! Nadando em ansiedade! Ou em dinherio! Coitada!

Dizem que está começando a faltar comida – mas, ao mesmo tempo aumenta a olhos vistos o número de pessoas com sobrepeso. Conseguimos a multiplicação das calorias?

Ah! - Não é permitido sair dos padrões! – Apenas isso.
Realmente visto de fora, nosso planetinha azul é um belo hospício.

VAMOS EMAGRECER O QUE?

Embora duvide; usando apenas o raciocínio comum:
Espero sinceramente que o Forum Rio + 20 sirva para criar um diferencial, ao menos, na nossa consciência tupiniquim.

Que os obesos de hoje se juntem para mudar a educação e a cultura atual; para que tenhamos pessoas não magras; mas saudáveis no futuro.

Namastê.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

SINTONIA E CARMA

Os ditados populares são sábios e simples; mas incompletos.
Exemplo, um dos que tenta retratar a Lei de Causa e Efeito e de Retorno: Aqui se planta. Aqui se colhe. Aqui se faz. Aqui se paga...
(E, com um adendo contemporâneo: cada vez mais rápido).

Esse é um ditado popular muito antigo e até certo ponto verdadeiro. Embora focado no lado negativo da vida. O que é normal, pois nossas escolhas que contrariam as leis naturais ainda superam em muito as escolhas corretas. Por esse motivo, sempre é mais fácil perceber a lei do retorno como um tipo de punição ou de castigo.
Nessa situação somos experts no assunto:
- Bem feito! fez isso, e logo recebeu de volta aquilo...
- Todo mundo tem o que merece...

Quando o retorno, traz consigo a vitória ou a prosperidade dos outros somos até capazes de reconhecer-lhes o esforço; contudo, a dificuldade em anular a inveja e o despeito é enorme. Então, sempre que possível, verbalizamos com todas as letras, ou deixamos ao menos nas entrelinhas, que houve uma dose de sorte...
- Que sorte!
- Que destino maravilhoso Deus reservou para fulano !
- Deus foi muito bom para eles !
- E, outros disfarces da inveja e do despeito...

Com freqüência usamos de vários pesos e várias medidas para avaliar os efeitos que expressam sofrimento nos outros. Quando se trata da vida de nossos inimigos, Deus é justo, até prá lá de justo, impecável mesmo. Já quando somos nós ou nossos queridos que sofremos, interpretamos como azar ou destino.

O tem deste bate papo é a lei do retorno e a sensação de aceleração do tempo. Mesmo que neguemos, quando nos interessa, nós sabemos que o hoje é o ontem de volta. As diretrizes que movem nosso presente são a materialização dos efeitos das escolhas do passado se apresentando ao foco da consciência.
Num ritmo de ocorrências mais lento, causa e efeito ficavam naturalmente dissociados dentro das nossas lembranças, o que deu origem a conceitos de sorte, azar, destino, Deus quis isso ou aquilo.
Se hoje vivo determinada situação que me aflige, como aceitar o fato como minha escolha se não me lembro? O esquecimento do passado, muitas vezes nos parece injusto. No entanto, com o passar do tempo descobrimos que a sabedoria da vida, não lembrar do que fizemos é uma benção já que a percepção clara de causas e efeitos pode nos aprisionar em lamentos inúteis, choros e sofridas vinganças.

Nos últimos tempos as coisas se aceleraram e um novo ritmo foi imprimido á lei de retorno, e novos limites foram criados. E, estão ficando cada vez mais estreitos.
Causa e efeito estão se aproximando tanto nesse final dos tempos, que vão sair na mesma foto...

Nem todas as experiências, sejam negativas ou positivas, em andamento neste momento teriam que ocorrer de forma programada – os acontecimentos de nossa vidas fazem parte de um conjunto de probabilidades que desencadeamos com nosso pensar, sentir e agir; nós é que ajustamos com o uso da vontade a sintonia fina da Lei do Carma (-) ou do Darma (+).

A colocação de Jesus com a dica: Vigia e ora se encaixa bem neste foco. Usando o lado negativo ou Carma, um ditado popular reflete bem isso: Uma desgraça nunca vem só. Quando um fato negativo nos ocorre temos a tendência de ruminar e acalentar pensamentos circulares a respeito, e de tanto insistir, sintonizamos com outras probabilidades de ocorrência similares que cabem na nossa contabilidade existencial.

Exemplo: semana passada roubaram á mão armada e de forma bem agressiva uma pessoa amiga quando ela estava guardando o carro pela manhã para ir ao lado do trabalho. Ficou ruminando aquilo e verbalizou várias vezes o ódio que estava sentindo e que não conseguia esquecer. Disse a ela para ao menos tentar; e buscar ajuda, orar, etc. Nesses momentos de mais necessidade quando abrimos a guarda sempre arrumamos interesses sem noção – ela tinha mil coisas para fazer. Na Segunda feira relatou que no fim de semana “baixou o santo” em casa até o cachorro incorporou: discussão e brigas com agressão física (pai bateu no filho quase adulto e outras coisas triviais desses momentos) – alertamos de novo; novamente as outras prioridades foram dominantes – não deu outra ontem a notícia: entraram na sua casa pela manhã enquanto todos trabalhavam e levaram tudo. Noutra crônica vamos alertar para o modus operandi dessas quadrilhas sempre criativas e ousadas.

Muitas lições podem se encaixar numa situação destas; mas, o interesse hoje é reforçar a idéia da vigilância no pensar, sentir, agir para não sintonizar com ocorrências funestas que fazem parte da caixa preta da nossa consciência.

Cuidado para não quebrar nem deixar enferrujar o botão de sintonia; pois ele pode ficar focado apenas nas coisas negativas - daí, nem despacho ajuda.

Namastê.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O FILHO IDEAL E O PAPEL DA INFÂNCIA NA EVOLUÇÃO




O universo está em permanente evolução distribuída em ciclos de criação, destruição, reciclagem. Como os outros; este nosso não é perfeito. Até mesmo nosso sistema de progredir coletivo, embora á primeira vista pareça adequado não se mostrou eficiente; daí os construtores e os tutores da nossa escola Terra resolveram promover algumas modificações já em andamento, para aperfeiçoar o mecanismo.

No que se relaciona á educação.
O antigo:
Os pais ou tutores vêm antes e preparam-se para receber os filhos, facilitando seu progresso, aparando tendências inadequadas e reforçando as já corretas num processo que chamamos: Educação. Não deu muito certo; pois a maioria das nossas trapalhadas e atrasos existenciais decorre exatamente das falhas no sistema que está quase errado tanto no conteúdo quanto na aplicação.
Daí algumas mudanças em andamento nos espantem – dentre elas: a precocidade com a respectiva diminuição da dependência da criança da tutela (está mais para jugo) dos adultos que se recusaram a crescer e a assumir a condição de educadores (estamos mais para reprodutores).

Em teoria: nossa infância prolongada facilita a absorção de estímulos e experiências a serem somadas às já arquivadas pelo espírito. Desde o momento da fecundação começam as interações, numa incessante troca, onde cada qual deve ser responsável pelo que oferece aos outros; desde cedo é possível fazer a leitura dos impulsos e tendências daquele espírito; aproximadamente até os 5 anos de idade ele está na vitrine da vida; antes de receber o aprendizado das máscaras da personalidade, imposto pelos adultos.
Superada a fase de infância, começamos a mostrar a que viemos na existência e o programa de trabalho existencial tinge-se de cores mais fortes.
Na adolescência, aflora o programa de trabalho do espírito sob a forma de tendências, impulsos, bloqueios, inibições. A interação social, cultural e ambiental na infância pode atenuar ou amplificar essas tendências.
Assumir a plenitude do livre-arbítrio gera uma crise existencial especial de transição entre infância e maturidade; uma encruzilhada existencial; pois cada escolha pode ser determinante nos rumos da evolução. Esse é um período caracterizado por amplas e profundas modificações psicossomáticas; a adolescência é expressão de uma fase de equilíbrio instável e de conflitos de toda espécie, sobretudo afetivos e emocionais. Avivam-se os processos intelectuais e, a sensibilidade, nesta fase em que se completa o desenvolvimento morfológico funcional do ser humano. O adolescente encontra-se frente a uma situação diversa da infância e, que exige dele uma definição; pois precisa decidir que rumo vai tomar na vida, em todos os sentidos, do financeiro ao afetivo - emocional. As relações familiares tornam-se mais difíceis e complexas, pois aflora nesta época, todo conteúdo da personalidade real do espírito; a família nesse momento fica desnorteada; é como se tivesse surgido um novo indivíduo no meio dela; que tem atitudes de um adversário insatisfeito, revoltado.

Resumo de algumas finalidades da infância prolongada:
- Abastece a criança de novas experiências e conhecimentos que reciclam os arquivos do inconsciente.
- Ajuda a discernir entre atitudes positivas e negativas da conduta do adulto; de exemplos negativos a criança pode assimilar positivamente, exemplo: filho de pai alcoólatra pode abominar o álcool.
- A necessidade de proteger a criança permite ao adulto desenvolver sentimentos amorosos capazes de facilitar a reconciliação entre desafetos do passado.
- A longa dependência estimula o adulto a sentir-se responsável por ela, o que, acelera a maturidade psicológica.
- Desenvolve no adulto a percepção do não verbalizado; pois nos primeiros meses de vida a criança é incapaz de expressar sensações, isso se torna um exercício de perceber os outros: o choro ajuda a diferenciar entre dor, medo ou birra. Basta treinar para identificar a doença que se aproxima, pois é sempre precedida pela mudança no comportamento habitual da criança.

Na prática essa idéia divina não funcionou entre nós; pode até ter dado certo em algum lugar do universo ou da galáxia; mas aqui; não.
Exemplo, o sonho do filho ideal nesta sociedade de consumo: barrigudinho, bobão e dorminhoco; e que tivesse um botão de liga e desliga – pois, dessa forma dá menos trabalho...

As crianças da atualidade mostram que no futuro por aqui a infância será bem mais breve. O pai e a mãe não precisarão ficar tanto tempo presentes (mais atrapalhando do que ajudando). Muitas delas, na atualidade já nascem quase falando; são mais proativas, tem vontades e desejos bem mais definidos; mais verdadeiras...

Claro que nesta fase de transição tudo parece atrapalhado e a ausência materna em virtude das lides profissionais parece até um retrocesso (um item a ser estudado ao longo dos próximos tempos); dizem que é um dos motivos falta amor na atualidade – mas, o que consideramos amor está mais para doença e obsessão usando o sentimento de posse.
Parece piada; mas talvez não seja.
Duas mães modernas conversando:
- Amiga, como estão seus filhos?
- Bom ter me lembrado; deixa perguntar para minha funcionária: Fulana como estão as crianças?
- Senhora; amanhã envio um relatório para a senhora; preciso perguntar: á psicóloga, á nutricionista; á psicopedagoga, á fonaudióloga, ao pediatra, á professora; não sei se esqueci de alguém – mas acredito que deve estar tudo bem; mas prometo que até amanhã; no mais tardar em dois dias envio relatório.
- Que alívio amiga: está tudo na rotina!

Parece que a vida está mais complicada; mas, talvez não esteja – esperamos que essa nova tentativa educacional dos nossos cuidadores planetários, dessa vez, dê mais certo. Quem sabe as crianças se eduquem melhor longe dos já adultos; quem sabe.

Quando tudo parece errado; acaba dando certo.
Se alguém tiver outra idéia; parece que a vida está sempre aberta a “novas” e inovadoras experiências.

Sei lá; mas desconfio que deva estar mais ou menos feliz por não ter sido o filho ideal. Sei lá.

Namastê.


domingo, 7 de agosto de 2011

A SOLIDÃO É UM ESTADO DE ESPÍRITO




Sentir-se só, é estado imaginativo; uma ilusão:

Cada um de nós é uma célula de um corpo chamado Humanidade.

Por violentarmos a natureza interativa do homem, a tristeza da solidão é um dos nossos estados de nos sentirmos, mais temido. Pois, nos atira de encontro a nós mesmos sem preparo e sem vontade, num turbilhão de sensações e de mazelas íntimas das quais queremos fugir a todo custo. Isso, entristece, adoece, induz aos vícios como fuga, e pode até causar mortes temporárias de corpo e de alma.

Estar só sem o desejar e não ter com quem conversar; discutir; sorrir; até mesmo brigar ou ficar de mal; assusta; porque contraria nosso destino que é a interação, a interdependência plena ou o amor com todas as suas matemáticas leis; não existimos de verdade sós ou isolados; pensar assim é criar a ilusão ou egoísmo/orgulho; não existimos para sermos solitários; mas sim solidários.

Haverá cura para a solidão?

Resolver o problema íntimo de sentir-se triste e solitário pode tornar-se uma coisa difícil de ser resolvida num curto prazo e, vários são os fatores que complicam a resolução.
Íntimos: egoísmo, orgulho, medo, preguiça, inveja.
Externos: educação, cultura, valores sociais, etc.
Outro entrave é a formação de expectativas: as pessoas temem sentirem-se sós ou desamparadas e querem que as outras gostem de estar com elas sem que tenham que dar atenção ou retribuir as manifestações de cuidados ou de afeto dos outros.

Achei interessante a colocação de uma amiga minha: - A solidão é pior para as mulheres! Disse na brincadeira: - É porque vocês precisam falar muito; e falar com nossos botões o tempo todo ninguém merece, enlouquece – adote um animalzinho vai se sentir melhor! – Não é que ela adotou um cão – coitado do bicho – ainda bem que ele tem uma baita de uma orelha para ouvir muito; mas parece que já foi parar num Psicólogo dos bichos (pois é; agora tem). Mas, brincadeiras á parte como as mulheres tem um lado emocional mais desenvolvido é possível que seja mais complicado – porém estudos mostram que homens descasados são mais vulneráveis á depressão e a doenças...

Temos medo de não sermos amados, no entanto, pouco ou nada, fazemos para merecer esse amor.

O solitário doentio costuma sentir-se vítima dos outros, abandonado, esquecido. Pois, enxerga apenas segundo a visão voltada apenas para si e seus interesses; os outros são sempre os ingratos. Quando se descobre interessado em alguém e, deseja se aproximar; o faz de forma inadequada, pois procura de todas as formas agradar á outra parte como meta e, não como conseqüência da sua forma de ser e de agir. Essa postura o torna “grudento” incomodando as outras pessoas que, logo se afastam dele, o que reforça sua sensação de vítima, num círculo vicioso; isolando-se cada vez mais e, tornando-se cada vez mais desconfiado e arredio.

Assunto interessante; pois há pessoas rodeadas de gente por todo lado e que se sentem, só.

Será mesmo um estado de espírito?
O que acha?

Namastê.